quarta-feira, 30 de setembro de 2015

João e Maria


 Eis que após anos sem contato com o teatro a escola da minha irmã chamou as famílias para montarem uma peça em conjunto! Fiquei responsável pela adaptação da história em roteiro, e muito feliz por isso! A proposta era apresentarmos a história de João e Maria.
Meu forte nunca foi escrever histórias e também já não tenho mais a prática de antes além de a criatividade também não ser daquelas, ficou bastante restrito a história clássica por vontade da maior parte dos pais  e admito que foi difícil e não ficou como eu queria mas apesar disso gostei de ter novamente um tempinho dedicado ao teatro. Espero que os pais se divirtam durante os ensaios e que as crianças saiam orgulhosas de seus atores e atrizes preferidos!


 Ainda não revisei, e acho que muita coisa ainda vai mudar
mas fica o registro! :D
Quer dar uma olhada?

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
No cenário junto a família, está no canto um personagem vestido de sol, o mesmo irá andando para o fim do palco conforme se desenrola a história.
NARRADOR: Em frente a uma grande floresta,  morava um pobre lenhador com a mulher e dois filhinhos; o menino chamava-se João e a menina Maria ou Mariazinha para os mais chegados.  A família era pobrezinha, e assim sendo, todos os dias João e Mariazinha ajudavam os pais a cortar lenha no meio da floresta desde bem de manhazinha.
(No bosque conforme a disponibilidade de atores poderá ter arvore viva, coelho, borboleta...)
PAI: Ei meninos, vou logo ali ajudar a sua mãe, fiquem por aqui e peguem alguns gravetos, por favor.
( Gata aparece em cena e passa perto dos irmãos, indo logo após para o meio da floresta e saindo de cena)
Mas então enquanto catavam os gravetos como pedira seu pai, os irmãos viram uma pequena gatinha ali perto, muito linda e fofinha e não hesitaram em correr para ve-la. Mas percebendo que se afastavam da clareira, João carregou os bolsos com pedrinhas e foi jogando-as ao longo do caminho, não haveria melhor solução. Mas a gatinha já estava muito a frente e os irmãos acabaram a perdendo de vista. Que decepção.
 MARIA (preocupada): E agora mano, como vamos achar o papai e a mamãe?
JOÃO: Pode ficar calma, eu pensei em tudo, é só seguir a trilha de pedras que fiz enquanto seguíamos a gata sacou?
NARRADOR: Os irmãos mais que depressa seguiram o caminho deixado por João e logo estavam na clareira onde seus pais continuavam a rachar madeira, juntaram suas coisas, o pai colocou o chapéu e voltaram para casa, pois a grande lua cheia já estava com toda a sua beleza brilhando alta no céu.
(O SOL vai saindo e a LUA Entra no palco em meio a fala e vai andando devagar enquanto a família dorme na sua casa)
Quanto a Lua chega próximo ao fim do palco o sol começa a entrar em cena, podemos usar musica neste meio tempo.
NARRADOR: Logo de manhã, com o brilho do sol já entrando pela fresta, a família organizou suas coisas para novamente ir buscar seu sustento na floresta.
MÃE: Filhos não esqueçam de levar um casaquinho e o pão para se alimentarem durante o dia.
NARRADOR: Estando todos prontos e vestidos cada qual com seu agasalho foram sem demora para o meio do bosque para mais um longo dia de trabalho.
(chegam na floresta, após alguns segundos pais se afastam dos filhos até saírem de cena)
Novamente os pais acabaram por se afastar das crianças e quem foi se aproximando? Aquela gata cheia de confiança...
MARIA: Olhe João, é a gatinha de ontem, vamos atrás dela!
JOÃO:  É ela mesma, vamos depressa.
NARRADOR: João juntar as pedras não parou não, foram logo correndo, pois da outra vez ao juntar as pedrinhas o rastro da gata acabaram perdendo, mas burro João não era para saber o caminho de volta pedacinhos de seu pão foi que João usou para marcar a terra.
João e Maria correm atrás da gata pelo palco dando várias voltas, sumindo no cenário, saindo de cena e reaparecendo até que a gata vira a casinha de doces para a plateia e  desaparece de vez e João e Maria ficam ofegantes no lado oposto onde está a casinha de doces.  Então aparecem 1 ou 2 pássaros e comem os farelos de pão
MARIA: Não acredito, perdemos ela de novo!
JOÃO: Ainda pego essa gata, mas agora vamos logo achar os veios, se não vai ficar escuro demais.
NARRADOR: O sol já ia embora e João e Maria começaram a procurar pelos farelos de pão com que João havia marcado o chão. Mas não acharam nada não! E agora? O que poderão João e Maria fazer?  Será que passarão a noite toda na floresta, sozinhos a sofrer?
(Maria senta-se no chão e começa a soluçar, chorando sozinha, João vai ao seu encontro e quando ela olha para o irmão ve a casinha de doces.)
MARIA: ( fala apontando para a casinha): Ei mano, olha aquela casinha lá do outro lado!
JOÃO: UAU! É verdade, até parece que aquele telhado é feito de chocolate!
(As criança correm para a casa e começam a comer as balas e doces da casa)
NARRADOR : Sem pensar em mais nada, comendo balas das paredes, chocolate do telhado e os pirulitos das vigas a Maria e o João não tardaram em encher a bem a Barriga!
BRUXA: O que está acontecendo quem está devorando a minha morada?
NARRADOR:  Imediatamente ambos soltaram os doces que tinham nas mãos! Pois de dentro da casinha uma voz aguda lhes dizia que aquela casa feita de doces, diferente do que pensaram antes, não estava vazia. Que susto levaram os irmãos!
(Sai da casinha uma velha muito feia, mancando, apoiada em uma muleta. João e Maria se assustam, mas a velha sorri.)
BRUXA: Não tenham medo, crianças. Vejo que têm fome, a ponto de quase destruir a casa toda. Entrem, vou preparar uma jantinha.
( todos sentam e fingem estar comendo, o sol sai de cena e a lua aparece)
NARRADOR: Mas que jantar delicioso, não bastasse a comida a velha senhora ajeitou camas macias e João e Maria caíram num sono gostoso!
(João e Maria levantam-se e deitam no chão para dormir)
NARRADOR: Pobres crianças, que adormeceram contentes, soubessem eles que aquela velha não passava de uma malvada bruxa, com certeza teriam sido muito mais prudentes!
BRUXA ( esfregando as mãos satisfeita): Estes dois serão um ótimo banquete!
NARRADOR: A malvada bruxa que era meio cega tendo as crianças em seu poder, tocou-os e percebeu que estavam muito magras e planejou algo para engorda-las antes de as comer!
(lua vai saindo de cena e dando lugar ao sol)
NARRADOR: Logo de manhã cedinho, enquanto ainda estavam dormindo, a bruxa agarrou João e o prendeu em um porão escuro, depois, com uma sacudida, acordou a Maria e lhe contou rindo seu sombrio futuro.
BRUXA: De pé, preguiçosa! Vá tirar água do poço, acenda o fogo e apronte uma boa refeição para seu irmão. Ele está fechado no porão e tem de engordar. Quando chegar no ponto vou comê-lo.
NARRADOR: Mariazinha chorou e se desesperou, mas foi obrigada a obedecer. Cada dia cozinhava seus melhores pratos para o irmão comer. E também, a cada manhã, a bruxa ia ao porão e, por ter vista fraca e não enxergar bem, ordenava ao João:
BRUXA: Dê-me seu dedo, quero sentir se já engordou!

NARRADOR: Mas João que não era bobo nem nada, em vez de um dedo, estendia-lhe um ossinho de galinha. A magreza de João deixava a bruxa cada dia mais irada até que um dia acabou perdendo a linha!
BRUXA: Maria acenda o fogo logo de uma vez e coloque água para ferver no meu caldeirão. Magro ou gordo hoje no almoço vou comer o seu irmão.
(Maria se ajoelha aos pés da bruxa)
NARRADOR: A menina chorou, suplicou, implorou, mas de nada adiantou! A bruxa estava decidida, então Maria fez o que foi incumbida e quando a água estava a ferver, Maria que era muito da esperta ao ver a bruxa perto da panela viu ali a oportunidade de em um só ato se livrar dela!
(Maria corre e empurra a bruxa dentro do caldeirão este pode estar próximo a uma das saídas do palco, para a bruxa sair de cena quando cai no caldeirão)
NARRADOR: Acabou que o feitiço virou contra o feiticeiro e a Bruxa acabou ali morrendo deixando livre as crianças que a muito tempo não mais aguentavam em suas mãos  estar sofrendo!
( Maria corre soltar o irmão)
NARRADOR: Os irmãos abraçados felizes finalmente da bruxa se viram livres, e sem ter nada a temer, começaram a explorar aquela casa sem tempo a perder!
JOÃO: Olhe, achei um baú maneiro!
MARIA: Vamos abrir!
NARRADOR: Ao abrir o baú viram que este guardava tesouros muito mais valiosos que qualquer um imaginava.
(As crianças enchem os bolsos, avental com os tesouros)
NARRADOR: Cheios de diamantes, ouro e esmeralda as crianças deixaram a casa de doces e foram enfim para a mata.
 (Crianças andam sem rumo pelo palco, sol vai saindo de cena)
NARRADOR: Andaram muito, muito mesmo e quando a lua já estava dando as caras, cansados de andar a esmo, chegaram a uma clareira na qual já tinham estado. Agora tinham certeza, da casa de seus pais tinham se aproximado.
(crianças começam a correr e pais entram em cena ao fundo do palco, abraçados com rosto desanimado)
NARRADOR: Correram mais que depressa naquela direção e encontraram seus pais, estes ao verem os dois ali em sua frente correram ao seu encontro e deram um abraço apertado na Maria e no João!
(todos se abraçam por alguns instantes, se dão as mãos e brincam de roda por alguns momentos, terminam fazendo trenzinho e saindo de cena)
NARRADOR: As crianças contaram o que aconteceu e mostraram aos pais o tesouro que haviam trazido. A família antes pobre agora estava RICA! Os irmãos não precisaram mais ir trabalhar com os pais na floresta e voltaram a estudar e brincar, como é de direito de toda a criança.  E se você está estranhando que esta parte não rimou, não tem problema, pois agora a história já acabou.


por: Paloma Rizzi